Muitos só pensam em coisas terrenas.

Filipenses 3: 18-21 [KJA]
 “Porquanto, como já vos adverti repetidas vezes, e agora repito com lágrimas nos olhos, que há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. O fim dessas pessoas é a perdição… eles se preocupam apenas com o que é terreno. No entanto, a nossa cidadania é dos céus, de onde aguardamos com grande expectativa o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso, pelo poder que o capacita a colocar tudo o que existe debaixo do seu pleno domínio.”

Em regra geral, um perigo que os crentes de todo o mundo tendem a incorrer nele é o de viver, a se comportar conforme as características das cidades onde residem. Não somos nós que chegamos a essa conclusão, mas é a própria Bíblia quem diz isso. Temos, naturalmente, a facilidade de assimilar o estilo de vida de nossa cidade no que diz respeito à forma como a ela é conhecida. A cidade de Filipos, na Macedônia oriental, a 16 km do Mar Egeu, foi assim chamada em homenagem a Filipe II da Macedônia, pai de Alexandre Magno. Nos dias de Paulo, era uma cidade romana privilegiada, tendo uma guarnição militar. Era um pujante centro comercial que estava situado no cruzamento das rotas entre a Europa e a Ásia.

Os filipenses, como não podiam ser diferentes, assimilaram as características da cidade. Por estar situada numa rota importante, provavelmente, Filipos deveria viver com suas ruas lotadas de gente, porém eram pessoas que estavam apenas de passagem. Queriam usufruir o que a cidade podia oferecer e depois irem embora sem demonstrar nenhum ressentimento. Assim como o turista na cidade que visita. Moro numa cidade essencialmente turística. Embora ela tenha vida própria fora do turismo, porém é no turismo que, praticamente, todos os negócios estão atrelados. Com isso, os moradores (população fixa) daqui querem viver como se fossem turistas (claro que não estamos generalizando) e, isso afeta o comportamento dos crentes daqui. Muitos, mesmo tendo função na igreja, não são dedicados nem constantes nos cultos. Por isso, para mim, é fácil compreender o comportamento dos filipenses.

Os cidadãos filipenses tinham o mesmo direito e os mesmos privilégios dos cidadãos de Roma, porque Filipos era uma colônia romana. Da mesma forma, nós cristãos um dia gozaremos de todos os privilégios especiais de nossa cidadania celestial porque pertencemos a Cristo. Não devemos nos prender tanto a essa vida a ponto de ficarmos tristes pela volta de Cristo. No que diz respeito ao nosso comportamento, valores e orientação na vida, o céu é agora a nossa cidade. Nascemos de novo; nossos nomes estão registrados nos livros do céu; nossa vida está orientada por padrões celestiais, e nossos direitos e herança estão reservados no céu. É para o céu que nossas orações sobem e para onde nossa esperança está voltada.

Jesus também está ali, preparando-nos um lugar. Ele prometeu voltar e nos levar para junto dEle. Por essas razões, desejamos profundamente uma cidade melhor, ou seja: a cidade celestial. Por isso, Deus não se envergonha de ser chamado nosso Deus, e Ele já nos preparou uma cidade eterna.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo King James Atualizada.