A necessidade da conversão espiritual.

Atos dos Apóstolos 2: 38 [ACF]
 “E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo”.

Alguns crentes entendem que o ‘novo nascimento’ ou ‘regeneração’ é o mesmo que conversão, todavia, isso é um erro doutrinário. A conversão, por si só, não é ainda regeneração, mas é tão somente parte da regeneração. A conversão consiste em uma meia volta na vida, em que a alma se volta para Deus. O termo grego – epistrepho – que encontramos nas páginas do Novo Testamento é utilizado para expressar essa idéia, e é aplicada tanto para os desviados, que retornam à sua anterior comunhão com Deus, como para os incrédulos, ao se voltarem para Deus. A conversão é descrita como um voltar-se das trevas da idolatria, do pecado e do domínio de Satanás, para a adoração e o serviço ao verdadeiro Deus e ao seu Filho, Jesus Cristo.

A conversão consiste no exercício do arrependimento e da fé, elementos esses que tanto o Senhor Jesus como o Apóstolo Paulo vinculam como sumários das exigências morais do evangelho. O arrependimento é uma mudança de mente e de coração para com Deus; a fé significa a confiança na Palavra de Deus e em seu Cristo. Desta forma, podemos dizer que o convertido é alguém que se arrependeu das práticas pecaminosas e, agora vive, em plena confiança na Palavra de Deus como regra de fé e prática, bem como em Jesus Cristo.

A Palavra de Deus por si só pode conduzir o cristão a uma verdadeira conversão – “A lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e ilumina os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece eternamente; os juízos do Senhor são verdadeiros e justos juntamente.” Entende-se, com esse texto bíblico, que a conversão além de ser inspirada pela força das Escrituras é, evidentemente, operada pelo poder do Espírito Santo que imprime no coração do salvo a lei moral de Deus – “Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração.”

Embora a conversão possa ser gradual (como no caso da maioria das pessoas), ou radical (como no caso de Saulo), entretanto, ela é absolutamente necessária para a salvação – “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.” A conversão é um ato divino, mas requer a cooperação do livre-arbítrio do homem. Portanto, é um ato divino e humano, ao mesmo tempo. A conversão necessariamente resulta na santificação, pois, do contrário, não será real.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 1