Um chamado ao arrependimento.
Atos dos Apóstolos 3: 19 [ACF]
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor”.
O arrependimento é o ponto de partida para os que se convertem (espiritualmente falando) e, a conversão é o primeiro passo da regeneração. A conversão ainda não é a regeneração propriamente dita; mas antes, faz parte dela, sendo o início do novo nascimento. Ninguém pode ‘nascer de novo’ sem não estiver convertido, entretanto, não é a conversão que produz a regeneração, em sua plenitude, do homem pecador. A conversão é o começo, o ponto em que o pecador abandona o pecado e o seu antigo ‘eu’, a sua rebeldia contra Deus. A conversão, além disso, é um ato produzido pela influência do Espírito Santo. A conversão, no seu sentido bíblico, não tem procedência fora do Espírito Santo. Ainda que algumas pessoas, levadas pelo emocionalismo religioso, busquem mudar seus hábitos e conduta na sociedade, isso é efêmero e transitório evidenciando que não houve, de fato, uma verdadeira conversão. Em suma, não houve verdadeiro arrependimento.
Dentro deste contexto (a falta de entendimento do significado pleno do que é arrependimento), João Batista começou a pregar – “Arrependei-vos porque o Reino dos céus está próximo”. A mesma ênfase foi seguida por Jesus e, mais tarde, por seus discípulos – “E, saindo eles, pregavam que se arrependessem.” Na verdade, o arrependimento foi o tema central de João Batista, e em sua pregação a ênfase mudou de arrependimento nacional, ao qual Esdras e Daniel conclamaram o povo, para arrependimento individual. Ele insistia que o arrependimento fosse demonstrado pelos frutos de uma vida transformada.
Os evangelhos sinóticos mostram que, a menos que alguém se arrependa e se torne como uma criança, não terá acesso ao céu – “E disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus.” As mais duras críticas de Jesus, entretanto, foram dirigidas aos impenitentes – “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” O termo ‘arrependimento’ não aparece no quarto evangelho, enquanto que os evangelhos sinóticos e o livro de Atos enfatizam o arrependimento, com frequência em um contexto escatológico.
Às cartas do Novo Testamento por serem destinadas a crentes é dada menor ênfase ao arrependimento. A doutrina é deliberadamente minimizada em Hebreus, a fim de salientar o perigo da apostasia. Mas em Apocalipse novamente enfatiza a importância do arrependimento nas cartas às sete igrejas. Não há esperança para o orgulhoso, que considera estar abaixo de sua dignidade expressar arrependimento por seus pecados e erros, mas o humilde de coração tem a certeza de que, quem se arrepende sinceramente recebe o perdão e a purificação por meio do sangue de Jesus.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 1