O amor como mandamento divino.
João 13: 34 [ACF]
“Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.”
O ‘novo’ mandamento de Jesus parece não fazer sentido, visto que “amar o próximo” é um mandamento dado ao povo de Deus desde o inicio do estabelecimento da Lei. O ‘novo’ mandamento de Jesus não é uma idéia revolucionária incrementada pelo cristianismo, embora esse mandamento tenha sido dado desde os tempos passados, muitos distorcem e desobedecem a essa ‘Lei’. A palavra ‘novo’, usada por Jesus, tem o sentido de que devemos expressar nosso amor ao próximo da mesma forma que Ele expressou por nós. E, as características do amor com o qual Jesus nos amou, Paulo as descreveu na carta aos Coríntios.
Na parábola do Bom Samaritano, um ‘doutor da lei’ tenta se justificar perguntando a Jesus quem é o próximo que devemos amar. Esta passagem é a sombra de uma realidade que a humanidade sempre viveu, porque sempre se julgou que nosso próximo é somente aqueles que fazem do parte do nosso minúsculo circulo de parentes e conhecidos. Mas, o problema do ‘doutor da lei’ se fundamentava na má interpretação da Lei, pois em Levítico está escrito – “Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor” e, de acordo com uma interpretação literal do que está escrito, sem duvida o próximo de um judeu é outro judeu.
Desde a antiguidade fabricam-se doutrinas que, analisadas à luz da correta revelação dos princípios divinos, estão totalmente equivocadas. Um bom exemplo disto é uma frase que Jesus usou no sermão do monte para ensinar os seus ouvintes acerca do que eles praticavam supondo que estavam cumprindo a lei – “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo”. Ouvir o que foi dito sugere que as pessoas praticam aquilo que lhes é ensinado verbalmente, e isso é totalmente diferente de praticar aquilo que está escrito. O que Jesus está dizendo para os ouvintes é que aquilo que foi ensinado pelos mestres não está escrito em nenhum lugar. Tão somente é uma interpretação inadequada do texto original.
Enfim, o amor que Jesus deseja que nós, seus seguidores, demonstremos ao mundo deve ser um amor pratico e não apenas teórico. Esse tipo de amor deve ser oferecido aos maus e aos bons, todavia isso não significa que não sabemos distinguir crentes de não-crentes, maus e bons, justos e injustos. Amar os não-crentes não significa que dentro de um julgamento pessoal os não-crentes são melhores daquilo que, de fato, eles praticam, pois, ainda que nós os amemos, ainda assim , eles continuam sendo maus e injustos. A forma como devemos amar o próximo tem que ser imparcial.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Amor, V. Cheung