A mentira não faz parte da natureza divina.
Tito 1: 2 [ACF]
“Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir, prometeu antes dos tempos dos séculos”.
Mentir não é, apenas, fazer declarações que são abertamente opostas ao que é verdadeiro. Satanás, o pai da mentira, de acordo com o texto bíblico, fez algumas declarações que eram verdadeiras, porque a mentira além de ser uma declaração propositalmente falsa, ela é, também, proferida usando meias verdades que envolvem falsas impressões. Um exagero proposital é um tipo de mentira, como também o é uma declaração parcial proposital. Até mesmo as verdades proferidas com o intuito de enganar, naquilo em que visam iludir, não passam de mentiras.
Os homens mentem, principalmente, a fim de enganar. Tanto no hebraico quanto no grego, os termos são usados (todos eles) apontando para algo que é falso. A mentira é usada nas Escrituras para indicar as declarações falsas dos homens acerca de Deus e das realidades espirituais – “E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente no meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração é o que eles vos profetizam.” A verdade divina é reduzida a uma mentira, pelas idéias e declarações dos homens. As mentiras dos homens pervertem, portanto, a verdade dita por Deus. Toda mentira cria uma falsa certeza – “Porquanto dizeis: Fizemos aliança com a morte, e com o inferno fizemos acordo; quando passar o dilúvio do açoite, não chegará a nós, porque pusemos a mentira por nosso refúgio, e debaixo da falsidade nos escondemos.”
Deus não pode mentir, mas precisa julgar. Por isso, a mentira nunca é atribuída a Deus, mas é atribuída aos homens, como quando prestam falso testemunho. O ato de mentir era proibido pela lei mosaica – “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo”. Os crentes deveriam reconhecer que o ato de mentir é próprio do ‘velho homem’, na incredulidade, devendo ser rejeitado pelo crente como uma roupa indesejável – “Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos”. João escreveu no livro de Apocalipse que os mentirosos habituais (que o fazem devido à sua natureza corrompida e não regenerada), ficam impedidos da salvação e do lar celestial
A Bíblia, enfaticamente, condena a mentira, embora existam alguns relatos de grandes homens de Deus fazendo o uso da mentira, todavia, suas experiências com a mentira não foram as das melhores, os resultados da mentira são o erro e a ilusão. As experiências que os personagens bíblicos viveram ao mentir (até mesmo por ‘uma boa causa’) servem para nos ensinar que a mentira está sempre na esfera da vida humana – “Suave é ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca se encherá de cascalho.” As penalidades contra a mentira são severas. O mentiroso desqualifica a si mesmo para apresentar-se a Deus em adoração.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 4