Servindo uns aos outros para prevenir os conflitos.
Gálatas 5: 13 [ACF]
“Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.”
Sobre liberdade, alguém a definiu da seguinte forma: “O homem é livre quando as condições sob as quais vive são de sua própria escolha”. À primeira vista, parece que temos aí uma boa definição. Porém, essa definição envolve problemas. Pois se as pessoas forem treinadas, educadas ou mesmo forçadas a aceitarem um determinado conceito de liberdade, elas correm o risco de se contentarem com a servidão, em vez de quererem ser verdadeiramente livres. Em virtude deste conceito equivocado, o que temos visto são pessoas completamente depravadas e viciadas, em várias modalidades de pecado, considerando-se livres meramente porque a lei não proíbe o seu estilo de vida e porque tem a liberdade de deixarem-se escravizar pelo pecado. Isso nada tem a ver com a liberdade autêntica.
Paulo está falando de uma liberdade que vem através de Cristo – “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão” – é, acima de tudo, libertação da condenação e escravidão do pecado e do domínio total de Satanás. Alguns crentes têm que parar com essa idéia de que agora de que estão livres para fazer o que quiserem. Não é isso que a Bíblia ensina sobre nossa liberdade. A liberdade proporcionada por Cristo não é uma liberdade para o crente fazer o que quer, mas para fazer o que deve. Agora somos servos de Cristo – “Porque o que é chamado pelo Senhor, sendo servo, é liberto do Senhor; e da mesma maneira também o que é chamado sendo livre, servo é de Cristo” – vivendo para agradar a Deus, pela graça.
A liberdade espiritual nunca deve ser usada como pretexto para o mal, nem como justificativa para conflitos. Não estamos livres para expressar nossas ideias usando um vocabulário ofensivo, mas para expor a verdade, mesmo que esta desagrade alguns. A nossa liberdade (cristã) não nos exime das responsabilidades civis como cidadãos deste mundo, desde que elas não estejam em confronto declarado contra a verdade de Deus. A liberdade cristã deixa o crente livre para servir a Deus e ao próximo, segundo a justiça. A verdadeira libertação começa quando o crente se une a Cristo e recebe o Espírito Santo. A libertação da escravidão espiritual é mantida através da presença contínua do Espírito Santo no crente, e pela obediência deste à orientação do Espírito.
Além da liberdade do poder do pecado, o crente experimenta outro tipo de liberdade – a da consciência –, pois, assim como muitos israelitas tentavam ser salvos mantendo a lei do Antigo Testamento, muitos crentes em nossos dias estão presos a regras e formalidades da lei mosaica. Querem associar sacrifícios à graça de Deus. Quando confiamos em Cristo para nos salvar, Ele remove nosso fardo pesado de tentar agradar-lhe e nossa culpa por falhar ao fazê-lo. Por confiar em Cristo, somos amados, aceitos, perdoados e livres para viver para Ele.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5