Devemos nos preocupar com a consciência dos outros.
I Coríntios 8: 10-13 [KJA]
“Porquanto, se alguém que tem a consciência fragilizada vir a ti, que tens este conhecimento, comendo à mesa no templo de ídolos, não será induzido a se alimentar do que foi oferecido em sacrifício a ídolos? E, assim, esse teu irmão mais fraco, por quem Cristo também morreu, é destruído pelo teu conhecimento. Portanto, quando pecas contra teus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, pecas contra Cristo.”
A Bíblia fala com extrema clareza que a fé não é exercitada (nos crentes) de maneira uniforme. Uns estão mais convictos que outros. Não estamos falando de extremistas radicais, mas daqueles que têm e são conscientes dos seus atos (agir com consciência), e dos que apenas têm consciência, mas se escravizam (não agem com consciência) por causa das imposições da lei divina. Não estamos dizendo, com isso, que a lei divina deva ser desprezada, mas que ela não pode, por si mesma, salvar ninguém que a cumpre de forma parcial ou cabal. Seu propósito é o de revelar que o homem precisa ser salvo, mas essa obra não é a lei quem efetua. A salvação é somente pela fé em Cristo Jesus. Um exemplo clássico que podemos dar sobre a questão de ter consciência e agir desprezando tal conhecimento é dos que possuem algum vício. O fumante, por exemplo, ele tem consciência de que o tabagismo é prejudicial à saúde, mas todas as vezes que ele acende um cigarro está jogando no lixo todo o conhecimento que tem sobre o fumo.
O exercício da fé, indiscutivelmente, varia de crente para crente. Como o apóstolo Paulo escreveu aos Romanos – “Aceitai o que é fraco na fé, sem a preocupação de debater assuntos controvertidos. Um crê que pode comer de tudo, e outro, cuja fé é fraca, come somente alimentos vegetais”, o exercício da fé está relacionado com a consciência. Ora, independente da forma como cada crente conduz sua vida diante de Deus, o que importa é que, se ambos, estão agindo de maneira consciente, então ambos estão livres de acusações.
A liberdade que o conhecimento da verdade nos proporciona, não é para fazermos o que bem entendermos. Se as nossas ações estão em coerência com a verdade bíblica, da qual, agora, temos conhecimento, então estamos livres de uma consciência acusadora – “… onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou?” A responsabilidade que pesa sobre nós como representantes do Reino de Deus neste mundo, vai além do campo pessoal. Embora, a salvação seja efetuada individualmente, porém, cada indivíduo é responsável por si mesmo e, também (indiretamente) por seu próximo. Da mesma forma que cooperamos para que alguém chegue ao conhecimento da verdade, semelhantemente podemos fazer com alguém se desvie da verdade por causa dos nossos atos.
Enfim, nossos atos serão conscientes se o que estivermos fazendo não ferir a minha e, também, não ferir a consciência do próximo. A nossa preocupação não pode estar restrita apenas à nossa vida com Deus; se estamos caminhando para o Céu; mas, também, em não contribuir para que outros se percam nesta jornada.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
