"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

O perigo de cultivar o sentimento de proeminência.

Lucas 9: 46-47; Marcos 9: 34
 “E suscitou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, vendo o pensamento de seus corações, tomou um menino, pô-lo junto a si”.
 “Mas eles calaram-se; porque pelo caminho tinham disputado entre si qual era o maior.

Apenas na fé bíblica a humildade é tida como uma virtude, algumas religiões não cristãs relacionam a humildade à falta de honra e não a reconhecem como virtude. Dentro da estrutura do teísmo revelado, a humildade é de fato uma virtude, a atitude apropriada da criatura humana para com seu divino Criador. É o reconhecimento espontâneo da dependência absoluta da criatura em relação ao seu Criador; um reconhecimento de bom grado, não hipócrita, do abismo que separa o Ser que existe por si só do ser absolutamente contingente.

Sem a intenção de criar doutrina a respeito da postura que devemos ter no momento da oração, mas a postura de ajoelhar-se, além de indicar respeito e gratidão, demonstra, também, que estamos cientes de que nossa existência é um dom da graça inescrutável e misericórdia do nosso Deus que, tendo nos chamado para fora do sistema do mundo, sustenta-nos a todo instante para que não retornemos ao que éramos antes.

A humildade, no sentido bíblico é explicada pela confissão de Abraão de que ele não é mais do que “pó e cinzas” – “E respondeu Abraão dizendo: Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza.” É explicada, também, pela veemente lembrança de Paulo aos orgulhosos coríntios de que a posição do homem diante de Deus é necessariamente a posição de alguém que recebe, a de um mendigo cujas mãos estão vazias até que a benevolência divina as encha – “E eu, irmãos, apliquei estas coisas, por semelhança, a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito, não vos ensoberbecendo a favor de um contra outro. Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?

De acordo com os princípios da estrutura teísta, a humildade é a reação completamente correta de uma criatura culpada na presença de seu Criador Santo. É o reconhecimento por parte do pecador de que sua irredutível insuficiência, enquanto criatura finita, tem sido, apesar disso, incomensuravelmente diminuída pela rebelião contra seu Criador. No Antigo Testamento é o grito do jovem profeta quando vê o Senhor – “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros” e, no Novo Testamento é a honesta autodepreciação do apóstolo quando se dá conta de sua teimosa desobediência em relação à verdade –” Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.

Humildade é a consequência lógica da consciência do pecado.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia da Bíblia – Cultura Cristã, Merril C. Tenney

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Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

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