"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

A esperança futura.

Atos dos Apóstolos 2: 20 [ACF]
 “O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor…”

Muitas pessoas (crentes e não crentes) quando se deparam com estas palavras entendem que o acontecimento dessas coisas (sol – trevas / lua – sangue) será no sentido literal. Estas pessoas ficam aguardando catástrofes nos corpos celestes e, com isso, não estão enxergando o óbvio. Não devemos buscar sinais do fim nos elementos dos céus, antes devemos olhar para nossa própria espécie – o homem (humanidade). É o próprio homem quem está destruindo a si mesmo, bem como tudo o que está ao seu redor e, quando falamos de destruição não apontamos apenas para o que foi criado por Deus, mas também para o que Ele determinou como reto e verdade.

Temos dito no decorrer desta semana que sempre foi propósito de Deus que um povo ‘santo’ (separado do sistema do mundo) se ajuntasse em um só lugar. Nesta dispensação, este lugar é a igreja (local e independente da denominação cristã), onde congregamos com o objetivo de cultuar a Deus e estarmos em constante comunhão com os irmãos. A palavra comunhão descreve aquilo que temos em comum, o que compartilhamos como crentes em Cristo. Isto se aplica de duas formas: a primeira é pelo fato de que compartilhamos a graça de Deus. O apóstolo João começa sua primeira carta dizendo que – “O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo”.

A segunda forma é a prática do termo grego ‘koinonía’. Isto é, também temos em comum o que damos. Em suas cartas, Paulo usa esta mesma palavra para referir-se a uma oferta que estavam dando as igrejas. O termo tem o sentido de ser ‘generoso’ – “E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister.” Esta passagem nos perturba e, por isso, preferimos interpretar de modo conveniente para evitar o desafio que ela encerra.

A igreja de hoje estaria disposta a imitar literalmente os crentes de Atos? Muito provavelmente alguns crentes abastados dirão que Jesus nunca quis nossos bens, o que Ele quer é o nosso coração. Quanta hipocrisia! Jesus declarou com ‘todas as letras’ que todos seus seguidores devem vender suas possessões e repartir com os pobres. Indiscutivelmente, o Senhor chamou a alguns de seus discípulos a uma pobreza voluntária total. Mas nem todos os discípulos de Cristo são chamados a isso. A proibição da propriedade privada é uma doutrina comunista, não cristã.

A comunhão, a disposição de compartilhar, generosa e voluntariamente, é um princípio permanente. A igreja deveria ser a primeira entidade no mundo na qual se abolisse a pobreza. Sem estas características é pouco provável que a igreja (apontando para os crentes) veja o ‘grande e glorioso dia do Senhor’.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Sinais de Uma Igreja Viva, John Stott 

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Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

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