Capacidade de amar.

Romanos 13: 10 [ACF]
 “O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.”

O amor é (dentro do principio bíblico) o elemento essencial em todo o relacionamento humano. É de admirar (porque não dizermos espantar) que a grande maioria dos credos religiosos (evangélicos) não trata deste tema com mais especificidade. Ensina-se muito sobre em que devemos crer, mas pouco diz sobre o que devemos (biblicamente) fazer. Paulo, na carta escrita aos Coríntios, declara que o amor é a maior de todas as graças cristãs. Na teologia de Paulo, o amor (porque ele por experiência, sabe o real significado do que é ser amado) é o solo de onde brotam todas as outras virtudes – “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” O amor é a marca distintiva de que alguém é filho de Deus. É um pré-requisito absoluto para que alguém seja uma pessoa espiritual, um bom cidadão, um bom vizinho, um bom marido, esposa ou pai, ou qualquer outra coisa, que envolva boas qualidades divinas ou humanas.

Embora seja comum dizermos que existem vários tipos de amor, entretanto, seria mais prudente que disséssemos que, em vez de várias formas, o que de fato há são as maneiras como demonstramos que amamos. Porque o princípio bíblico que define e determina o padrão para amor é o amor de Deus, o qual é a fonte de todas as outras maneiras de expressarmos esse amor, até mesmo aquele manifestado pelos incrédulos. O mesmo princípio do amor de Deus é o fundamento do amor de Cristo pelo homem, além de ser uma extensão do amor de Deus; e, em sua essência, é a mesma coisa.

O amor ao próximo, somente é plenamente compreendido quando desejamos para o próximo aquilo que desejamos para nós mesmos, desejando o seu bem-estar, tal como desejamos o nosso próprio bem-estar. Em outras palavras, fará em prol de outra pessoa (sem importar quão mau seja, quanto a outras questões) aquilo que faria por si mesmo. O amor-próprio é fácil; não é muito fácil a transferência desse amor pelo menos a uma outra pessoa (que não seja do nosso laço familiar). Mas aqueles que amam verdadeiramente são os que descobriram como transferir o amor-próprio para um grande número de pessoas. Aqueles que assim fazem são a isso impelidos pelo Espírito de Deus, sem importar se são ou não discípulos de Cristo, no sentido tradicional.

Quantos pregadores hoje em dia, quando pregam, somente atacam várias formas de males, em detrimento ao amor conquistador de Cristo. Tornaram-se polemistas profissionais, mas pouco ou nada sabem do amor construtivo. Perderam a visão do Cristo, em meio à batalha. Há um caminho melhor do que esse. É o caminho do amor. As coisas semelhantes se atraem mutuamente.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 1