"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

Devemos valorizar a verdade e não praticar a mentira.

Provérbios 23: 23 [ACF]
 “Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento.

O termo ‘emeth’, em hebraico do Antigo Testamento e que foi traduzido como ‘verdade’, nos propõe o sentido de algo que é firme, estável, fiel, constante e, algo fidedigno que serve de base para sustentar qualquer argumento. Note bem que dissemos que nos traz o sentido e não uma tradução. O termo fala de qualidades que são atribuídas tanto a Deus quanto às criaturas. São qualificações que são atribuídas não somente às mais diversas afirmações, mas também à conduta e às promessas. A verdade é associada na Bíblia à gentileza – “… usa comigo de beneficência e verdade…”; à justiça – “… e deste-lhes juízos retos e leis verdadeiras, estatutos e mandamentos bons”; e, à sinceridade – “Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade…”

Nas páginas do Novo Testamento, dois termos gregos – alétheia e pistis – são aplicados no sentido de se ter conhecimento do que é real, fiel e verdadeiro. Etimologicamente, ‘alétheia’ sugere que alguma coisa tenha sido descoberta, revelada, segundo a sua verdadeira natureza, dando a idéia daquilo que é real e genuíno, em contraposição com o que é imaginário ou espúrio, ou, então, daquilo que é veraz, em contraposição com o que é falso. Os estudiosos da Bíblia Sagrada concluíram que não há qualquer diferença essencial no significado fundamental desses dois termos, porém, as referências neotestamentárias às declarações verazes tornam evidente que o conceito de verdade cognitiva tem origem em pessoas cujo caráter é franco e fiel – “Por isso deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo; porque somos membros uns dos outros.

O conceito cognitivo sobre a verdade é mais explícito no Novo Testamento do que no Antigo Testamento. A verdade está ligada não somente à fidelidade e à justiça, mas também ao conhecimento e à revelação. Em Deus, a veracidade origina-se da onisciência, de forma que o atributo da verdade refere-se em parte a seu conhecimento perfeito. Visto que ele é o Criador, qualquer coisa que nós conhecemos depende dele. Toda verdade é a verdade de Deus. Nossas habilidades cognitivas são criação dele, e a inteligibilidade da natureza atesta sua sabedoria. O que nós declaramos como verdadeiro, somente o é na medida em que concorda com a verdade perfeitamente conhecida apenas por Deus.

A verdade é um atributo de Deus. Como tal, o termo fala de sua integridade, sua probidade e sua fidelidade. Visto que o caráter de Deus deve ser imitado pelos homens, no mesmo sentido a verdade deve ser um atributo moral dos homens. Ela requer honestidade e justiça. Falar a verdade é, portanto, obrigatório, de forma que a veracidade (verdade cognitiva) distingue o homem confiável (verdade moral). A verdade moral não é uma aparência superficial, mas brota do coração, caracterizando todo o caráter interior de um homem – “SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte? Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 6

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Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

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