A perseguição na rota da fé cristã.
João 16: 33 [ACF]
“Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”
Adversidades, contratempos, infortúnios, dificuldades, sofrimentos, tribulações ou aflições, são termos (sinonímicos) que servem para nos tornar mais conscientes da realidade de que somos criaturas dependentes. Somente Deus é independente de uma lei para si mesmo. Todos os demais seres dependem de sua bondade e poder. Enfermidades severas, choques severos, tristezas avassaladoras, angústias, desapontamentos – todas essas coisas servem para nos ensinar a depender de nosso Deus, e não de nós mesmos.
Quando Salomão escreveu que – “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete…” foi com o objetivo de nos conscientizar de que as tribulações também nos aproximam mais dos outros seres humanos, em grau maior do que qualquer outra experiência humana. As tribulações unem as igrejas e as famílias, e até mesmo as comunidades e as nações assumem unidade de propósitos em meio à tribulação. As aflições ajudam-nos tanto a compreender como a ajudar a outras pessoas que também estejam em aflição. Tais dificuldades tomam-nos melhores e mais sábios conselheiros e guias.
As aflições e perseguições podem servir-nos de excelente disciplina, ensinando-nos os valores espirituais que nos convêm, pois, em meio as aflições, aprendemos a reconhecer o que é importante e vital, distinguindo-o do que não se reveste dessas qualidades. Por igual modo, quando estamos sofrendo tribulações profundas, podemos aprender lições de humildade, e assim somos espiritualmente fortalecidos.
Mas, por outro lado, algumas aflições, e até mesmo as perseguições, podem ser consequências de um comportamento mal e, até mesmo insensato. Desta forma, a tribulação serve-nos de punição. Não é um castigo divino, mas a aplicação da lei divina e universal da colheita segundo a semeadura. Falando mais especificamente sobre a igreja, às vezes ouvimos alguns irmãos reclamarem de perseguições dos vizinhos, no entanto, julgam que por estarem anunciando salvação podem abusar do volume sonoro e do barulho durante seus cultos. Embora nós tenhamos respaldo constitucional para realizarmos nossos cultos livremente, isso não quer dizer que podemos ultrapassar os limites preestabelecidos nas leis municipais.
Em suma, Jesus está no ensinando que as aflições na vida do crente é uma realidade independente da forma como estamos vivendo, embora elas possam se intensificar mais na vida de uns do na de outros, mas é uma realidade. E, as aflições e perseguições não são apenas por causa de sermos crentes, mas, primordialmente, para não nos esquecermos da nossa dependência de Deus.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5