Gentileza, paciência e habilidades para evitar os conflitos.
II Timóteo 2: 24 [ACF]
“E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor”.
A mansidão é uma virtude considerada uma das grandes qualidades espirituais, algo a ser desejado e buscado pelos crentes. Por outra parte, a arrogância é uma das principais características negativas dos homens. Se Cristo tivesse sido arrogante, de disposição contrária à humildade e à mansidão, nunca teria sido bem-sucedido em sua missão encarnada. No entanto, foi através dessa qualidade que o Filho de Deus distinguiu-se. Os mansos da terra são especialmente abençoados com a proteção divina e com ricas recompensas. Moisés era homem manso; Davi orou a oração dos mansos – “Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás os seus corações; os teus ouvidos estarão abertos para eles”. Em outro salmo, Davi disse que os mansos haverão de possuir a terra, dando a entender a Terra Santa, e o Senhor Jesus ampliou isso a fim de envolver a terra inteira – “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”. Paulo exortava a outros com mansidão e gentileza, atribuindo essas virtudes a Cristo.
Naturalmente, a mansidão não envolve a autodepreciação, conforme é do hábito de certos indivíduos, que pretendem imitar essa qualidade. Geralmente, esse fingimento não passa de uma hipocrisia teatral, para chamar a atenção dos homens e o próprio louvor. A mansidão é resultante da verdadeira humildade, por causa do reconhecimento do valor alheio, com a recusa de nos considerarmos superiores. Deus é a grande fonte dessa graça, e Jesus Cristo é o seu supremo exemplo, o que ele demonstrou em sua encarnação e em sua maneira de tratar as pessoas.
A mansidão no Novo Testamento é uma virtude natural, uma graça cristã e um dos aspectos do ‘fruto do Espírito’ – “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.” Jesus disse – “Tomai sobre vós o meu julgo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração”. Paulo disse – “E eu mesmo, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo,… sou humilde”. Paulo não apenas exaltou e imitou esta virtude de Cristo, mas aconselhou-a a suas igrejas – “Rogo vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda humildade e mansidão…”. Ele admoestou os colossenses a se revestirem – “… como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade…”.
Tiago instruiu os cristãos a receberem – “… com mansidão, a palavra em vós implantada”; e recomendou ao sábio e ao que tem entendimento que – “… mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras”. Pedro escreveu que todos os cristãos devem sempre estar preparados para defender sua esperança – “… com mansidão e temor”.
Erivelton Figueiredo
Deus abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5