Pregando em todo lugar e para todas as pessoas.
Atos dos Apóstolos 8: 4 [ACF]
“Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra.”
Após a crucificação de Jesus, os discípulos, temendo os judeus, se esconderam atrás de portas travadas, mas com a vinda do Espírito Santo em Pentecostes eles receberam ousadia para sair e pregar. O resultado foi perseguição. O primeiro incidente registrado é o da prisão e julgamento de Pedro e João por pregarem após curarem o homem manco na Porta Formosa do Templo. Em seguida foi ataque a Estevão, culminando em seu martírio. Pouco depois, Herodes executou Tiago e aprisionou Pedro. Até este ponto a perseguição estava limitada a Jerusalém e suas imediações.
A perseguição no Novo Testamento, como um todo, começou com os ataques dos judeus à igreja que, obtendo o apoio dos gentios, especialmente das autoridades romanas, obtiveram sucesso em despertar revoltas contra os cristãos incitando a oposição gentílica, como aconteceu em Antioquia, Icônio e Listra, na primeira viagem missionária de Paulo. A princípio, os oficiais romanos pareceriam incertos sobre como deveriam agir, pois eles não eram consistentes, alguns ajudaram na perseguição e outros protegeram os cristãos (por exemplo: o carcereiro da prisão onde estava Paulo e Silas) – “E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?”
À medida que a igreja ultrapassou as fronteiras do Judaísmo, a antipatia judaica aos cristãos tendeu a diminuir de intensidade. Com a expansão do Cristianismo, porém, a igreja entrou de forma crescente em conflito direto com as autoridades civis, especialmente em Roma. Durante alguns séculos as autoridades romanas seguiram a política de reconhecer como ‘religiões oficiais’ aquelas de parte considerável da população. O Cristianismo, porém, com sua atitude exclusivista e sua recusa em aceitar a adoração ao imperador teve inevitavelmente um confronto com as autoridades imperiais. Isto aconteceu durante o reinado de Nero.
A perseguição dos cristãos pelos judeus pode ser traçada primeiramente pelo desprezo judaico em aceitar o ensino apostólico de que Jesus Cristo era seu tão esperado Messias. Eles se ressentiram também com a alegação dos seguidores de Jesus de a igreja e seu ensino era o cumprimento do Judaísmo, enquanto que, ao mesmo tempo, o ‘Cristianismo’ parecia arruinar todo o sistema judaico.
Na realidade, a mensagem do evangelho é, por si só, ‘ofensiva’ ao homem. A exigência de fé e de compromisso com Cristo como Salvador e Senhor sempre incitou ódio da parte daqueles que não crêem. A perseguição não foi um problema apenas para a igreja do período apostólico, mas permanece um problema para os cristãos em cada geração.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo MacArthur.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5