"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Estudos Bíblicos

Tentemos domar essa fera – 7ª Parte

Escute mais, fale menos !

Afinal de contas, o que é “comunicação? O que ela envolve? Por que é indispensável?
De forma resumida, comunicação envolve basicamente três pontos: Falar, ouvir e compreender.

A palavra comunicação no latim é “communicatio“, é composta de três palavras: com (juntos); munis (presente, dádiva); actio (ação). Então comunicação é trocar presentes e os comunicadores, juntos, fazem uma festa. Na origem, no entanto, comunicar queria dizer “troca de boas coisas”.

Quando renunciamos à comunicação verbal ou a utilizamos de maneira insuficiente, estamos desprezando as incríveis possibilidades de desfrutar as bênçãos que Deus preparou para um relacionamento harmonioso. Os que querem fazer amigos e manter amizades, devem conservar a qualquer preço os canais de comunicação sempre abertos. Não podem haver canais potentes de comunicação sem que se ouça de verdade. Por que Deus nos deu dois ouvidos e uma língua?

Prontos para ouvir e tardio para falar…” Entre falar, ouvir e compreender, o mais difícil é ouvir.

Se Deus nos deu dois ouvidos e uma língua, é porque é melhor ouvir mais e falar menos.
Ouvir é mais do que esperar educadamente sua vez de falar. E mais do que escutar palavras. Ouvir de verdade é receber e aceitar à mensagem à medida que está sendo enviada, tentando compreender o que a outra pessoa quer dizer. Quando isto acontece, você pode ir além de dizer: “Estou ouvindo você.” Pode dizer: “Estou ouvindo o que você quer dizer.”

Embora ouvir seja normalmente considerado a parte passiva da comunicação, o ouvir com sensibilidade é abrir-se para a outra pessoa, importando-se ativamente com que ela diz e o que ela quer dizer.

Dwight Small, no seu livro “Depois de ter dito sim” ressalta que ouvir não é natural para nós, tampouco, é coisa fácil para a maioria das pessoas. Ouvir não é nossa preferência natural. A maioria das pessoas prefere ser a pessoa que está falando. Gostamos de expressar nossas idéias. Sentimo-nos mais confortáveis ao identificarmos nossa posição afirmando nossas opiniões e sentimentos. Na verdade, a maioria das pessoas não deseja ouvir tanto quanto deseja falar e ser ouvida.

Num relacionamento conjugal, a comunicação é a melhor arma para solucionar problemas. Esposas sempre reclamam que seus maridos não as compreendem, eles ouvem o que elas falam, mas não entendem a mensagem expressada. Em relação aos pais, os filhos fazem a mesma reclamação. Alguns maridos justificam-se dizendo: “Minha mulher fala demais…”

Vinte por cento! Sim, apenas vinte por cento é o que ouvimos daquilo que nos falam. Por que ouvimos tão pouco? Se ouvir é tão fundamental para uma boa comunicação, por que não ouvimos mais?

A compreensão no relacionamento interpessoal depende da maneira como ouvimos as pessoas. Se não houver disciplina no ouvir, jamais compreenderemos as pessoas com as quais nos relacionamos. Para ouvir bem é necessário atentar para alguns princípios básicos:

– Ouvir olhando nos olhos de quem está falando. Quando olhamos nos olhos de quem está falando, estamos demonstrando interesse no que está sendo dito e isto é sinal de respeito. Não podemos nos esquecer que, respeito gera respeito.

– Ouvir com o coração aberto e a mente desarmada. Isto significa ouvir esforçando-se para compreender o que a outra pessoa está dizendo. Muitas vezes há uma tendência de ouvirmos o que não foi dito.

Nós filtramos o que ouvimos através do nosso sentimento.
Por exemplo, a esposa menciona que está cansada do serviço doméstico. A mensagem que o marido recebe é a de que ela está infeliz porque ele não está podendo pagar alguém para ajudá-la. Não era isto que a esposa tinha em mente, mas é o que o marido ouviu.
Este é o grande problema no processo de comunicação em alguns relacionamentos.

–  Ouvir com a boca fechada, até que a outra pessoa termine de falar. Ouvir bem exige disciplina do nosso temperamento. Nem sempre é fácil ouvir, sem atropelar quem está falando, principalmente quando o nosso “ego” está sendo atingido. Quem consegue isso, demonstra equilíbrio e maturidade para se relacionar bem com as pessoas.

“… tardio para falar…” Quem pensa antes de falar tem tudo para acertar…

Temos dificuldade para ouvir e muita facilidade para falar aqui que reside o grande dilema. Se desejamos manter os canais de comunicação sempre abertos, temos que considerar imprescindível O CONTEÚDO, A FORMA, O LUGAR E O TEMPO no processo de comunicação.

Conteúdo – Paulo disse em (Ef 4:29) que não deveria sair da nossa boca nenhuma palavra torpe. Avaliar previamente o conteúdo daquilo que vamos falar é um meio eficaz de evitar problemas. Se o conteúdo não é edificante, construtivo e verdadeiro, será melhor não colocar para fora, em forma de palavras.

O propósito final de tudo o que falamos, deve ser promover a edificação beneficiando sempre os que nos ouvem.

Forma – Não basta falar o certo. É preciso falar da maneira correta. Se o conteúdo é construtivo, edificante e abençoador, a “maneira, a forma” de passar isto deve ser a melhor possível. Há muita diferença quando você diz: “Mentiroso!” e “Você faltou com a verdade.” Quando chamamos alguém de mentiroso, estamos pré-julgando o caráter desta pessoa, e isto, muitas vezes, é uma agressão. Quando dizemos que a pessoa faltou com a verdade, significa que houve um erro, um descuido e isto não significa que a pessoa tenha como hábito mentir.

Muitos pais não conseguem ganhar seus filhos, muitas esposas não conquistam o marido, muitos maridos não cativam suas esposas, muitos perdem amigos, tudo porque não sabem falar a verdade em amor. São pessoas cheias de verdade e vazias de graça. Precisamos usar mais o tato, ser mais diplomáticos, ser prudente no falar. Falar o certo da maneira certa.

O lugar – Não basta falar o certo da forma certa. E imprescindível que se fale no lugar certo. Existem assuntos que o bom senso diz, que não devem ser falados na hora da refeição, perto das crianças ou dos filhos em geral. Comunica-se bem quem fala o certo, da forma certa e no lugar certo.

Tempo – Em (Pv 15:23) diz: “… a palavra dita a seu tempo quão boa é…” Discernir o tempo certo para falar determinados assuntos pode ser a chave para desenvolver uma comunicação construtiva e edificante. Em (Ec 3:7) o pregador disse que há tempo para tudo, tempo de falar e tempo de silenciar para ouvir.

Os que levam em conta estes princípios fundamentais com certeza serão beneficiados através de uma boa comunicação. A comunicação eficaz é determinante para a saúde do relacionamento interpessoal em qualquer dos seus níveis.

Quem sabe falar e ouvir, não tem dificuldade para compreender.

“A oração tem o poder de transformar Nossas murmurações em louvor e ações de graça!”

 

Adaptado: A Língua – Domando essa fera (Josué Gonçalves)

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Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

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