Imitando a Deus à luz do ministério do Senhor Jesus.
Efésios 5: 1-2
“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados; E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.”
O argumento de Paulo é o de que os filhos, em geral, são como os pais, fato que, para os que têm filhos, pode ser ao mesmo tempo animador e embaraçoso. Quase todos nós já vimos uma criança sentada no banco do motorista do carro tentando dirigir como o pai ou a mãe. Também não é difícil ver crianças imitando os pais em suas tarefas diárias. É bem possível que a maior parte do aprendizado das crianças se dê pela observação e imitação.
Paulo, então, ratifica que, agora, como filhos de Deus devemos imitar o Pai, e nisso temos a base para a admoestação destes versículos. Deus é amor, portanto, devemos andar em amor. Mais outras duas admoestações são dadas nos versículos seguintes: Deus é luz, portanto, devemos andar como filhos da luz – “… mas agora sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”; e, Deus é verdade, portanto, devemos andar em sabedoria – “Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, Remindo o tempo; porquanto os dias são maus.” Evidentemente que cada uma dessas formas de andar é parte da exortação de Paulo para que andemos de modo puro.
É importante observarmos que em hipótese alguma Paulo está se contradizendo sobre a questão de quem devemos imitar, agora que somos crentes. Na verdade, o que ele está dizendo aqui na carta aos Efésios é que o maior e mais sublime exemplo que devemos seguir na Bíblia é o de Deus. Mas, talvez alguém diga (e o faz com propriedade) que imitar a Deus é difícil, entretanto há uma possibilidade e, essa possibilidade de segui-Lo é indicada pela referência à filiação – “… como filhos amados.”
O amor cristão se apresenta no mais elevado grau – “… como também Cristo vos amou”. Ele mostrou o seu amor entregando-se por nós – “… em nosso favor“. Tal é o amor cristão; não é um mero sentimento de afeição, mas um auto sacrifício.
Como – “… oferta e sacrifício”. A natureza desta referência à expiação do nosso Senhor, indica que este aspecto da sua morte era mutuamente aceito por Paulo e seus leitores. Ambas as palavras são usadas para sacrifícios, envolvendo o derramamento de sangue, mas quando usadas juntas, como aqui, a palavra oferta pode referir-se mais particularmente às oblações. O cumprimento cabal, em Cristo, das prefigurações velho-testamentárias indicam que Deus as recebe como aroma suave – “Porém a sua fressura e as suas pernas lavar-se-ão com água; e o sacerdote tudo isso queimará sobre o altar; holocausto é, oferta queimada, de cheiro suave ao Senhor.” Uma frase tomada do Velho Testamento, indicando a aceitação divina do sacrifício.
O principal motivo que Paulo apresenta pelo qual o crente deve andar em amor é o de que, agora, é um filho de Deus. Uma vez que nasceu de novo pela fé em Cristo, o crente é co-participante da natureza divina; e, uma vez que Deus é amor, nada mais lógico do que os filhos de Deus andarem em amor.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– O Novo comentário da Bíblia, F. Davidson