O amor como um dever cristão da fraternidade
I Tessalonicenses 4: 9 [ACF]
“Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros.”
Quem já teve a oportunidade de observar um rebanho de ovelhas no pasto há de concordar com o que vamos escrever. Um rebanho de ovelhas sempre está junto (não significa agrupadas – juntas no sentido de estarem sempre no campo de visão uma da outra) no momento em que está se alimentando. Ovelhas quando vistas isoladas (distante) de todo o resto do rebanho, certamente, estão perdidas. A razão de estarem sempre juntas aponta para o cuidado (ainda que irracionalmente) que o rebanho tem entre si mutuamente e, se em razão de algum perigo avistado, quando uma sai correndo, todas as outras se alarmam e correm na mesma direção da outra. Elas não correm desorientadas, uma em cada direção, tipo ‘cada um por si e Deus por todos’. Todas elas vão numa mesma direção.
A instrução de Paulo aos crentes de Tessalônica era em virtude da pregação sobre a Segunda Vinda de Cristo, pois estava produzindo em Tessalônica uma situação irregular e delicada. O efeito da má interpretação da doutrina bíblica instigou muitos dos tessalonicenses a abandonarem seu trabalho diário para rondar em grupos excitados transtornando suas mentes e as de outros enquanto esperavam a chegada da Segunda Vinda de Cristo. A vida cotidiana tinha sido interrompida; o problema de ganhar a vida tinha sido abandonado; esperavam excitados a vinda de Cristo. O conselho de Paulo era eminentemente prático.
Desde a instituição da igreja, sempre houve pessoas que são cristãs apenas nominalmente. Usam as igrejas como ‘cortinas’ para esconder o verdadeiro caráter que possuem. Pessoas que demonstram com a vida prática, que não houve uma mudança de personalidade e caráter são péssimas testemunhas para o reino de Deus, pois com suas atitudes elas deixam em evidência que o cristianismo não passa de uma religião fraudulenta. Uma igreja que se diz cristã evangélica que não consegue formar um cidadão para o reino de Deus é, sem duvida, uma igreja que promove o descrédito do cristianismo. Uma árvore se conhece por seus frutos e uma religião pela classe de homens que produz.
A única maneira de mostrar que o cristianismo é a melhor de todas as crenças, é demonstrar que produz os melhores homens. Quando nós os cristãos demonstramos que nosso cristianismo nos faz melhores trabalhadores, amigos mais fiéis, homens e mulheres mais amáveis, então e só então pregamos de verdade. O importante não são as palavras, mas sim as obras; não a oratória, mas sim a vida. O mundo lá fora nunca entra numa igreja para ouvir um sermão, mas nos vê diariamente fora da igreja. Nossa vida deve ser o sermão que ganhe os homens para Cristo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo Wiersbe.