O homem é pouco menor que os anjos.
Salmos 8: 3-9 [ACF]
“Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste; Que é o homem mortal para que te lembres dele? E o filho do homem, para que o visites? Pois pouco menor o fizeste do que os anjos, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés… Ó Senhor, Senhor nosso, quão admirável é o teu nome sobre toda a terra!”
Chega a ser cômico (pra não dizer trágico) o motivo que faz separação entre as diversas denominações evangélicas. Estamos separados uns dos outros por causa da forma como se interpreta a Bíblia. Cada denominação seguindo fielmente o que seus eruditos declararam sobre as doutrinas bíblicas e, é claro, afirmando que a sua teologia é a mais correta. Às vezes, colocam de lado o que a Bíblia está realmente dizendo sobre determinado assunto e ‘batem o martelo’ sacramentando o que interpretaram. Foi assim com Calvino, com Armínio, com Wesley, com Moody, com Spurgeon, com Finney, com Weisse, com Ellen White, etc. etc. Acabamos de estudar, no trimestre que passou, que defender a fé não é debater sobre questões teológicas. Estas só servem para dividir o povo de Deus.
A nossa consciência de que Deus sabe de tudo o que necessitamos está evidenciada na obra da criação. Primeiro Ele criou o Universo; a Terra; os mares; e, as plantas para então, e só então, criar o homem. Na sequência que a Bíblia nos apresenta da obra criadora de Deus, podemos perceber que o homem só foi criado depois que Deus ‘preparou’ todo o ambiente para recebê-lo. A conclusão que o próprio Deus tinha de cada etapa da criação era que aquilo que Ele acabara de criar era ‘bom’. Bom pra quem? Certamente não era para Ele mesmo. O ‘bom’ declarado por Deus era para um ser infinitamente insignificante diante de toda obra criação – “… lembra-se de que somos pó.”
O sopro do fôlego da vida de Deus nas narinas do homem recém-criado não foi com intuito de apenas dar vida à sua criação, pois todos os outros animais criados por Ele tinham vida, e são chamados pela Bíblia de alma vivente, assim como o homem o foi por Deus. O ‘fôlego da vida’ não serviu apenas como uma descarga elétrica para por em movimento um ser inanimado, ele serviu, primordialmente, para imprimir na alma do homem a consciência de Deus.
O que Deus deseja que entendamos, através das palavras do salmista, é o nosso papel no Seu plano. Fisicamente, em relação ao universo, nós somos insignificantes. Tanto em posição quanto em poder nós somos inferiores aos anjos, mas somente temporariamente. Apesar da nossa pequenez física e nossa posição inferior, Deus nos coroou de glória e de honra e todas as coisas nos foram sujeitadas. Mas essa autoridade é tanto no campo espiritual quanto no material, e, portanto, ir em busca do material em detrimento, ou mesmo rejeição, ao espiritual, é pecado.
Mas o homem fracassou naquilo que lhe foi designado fazer, porque ainda não vemos que todas as coisas nos estejam sujeitas. Algumas coisas nós temos dominado muito bem, mas no reino espiritual falhamos tristemente. Nosso fracasso não foi em decorrência da imaturidade ou tempo insuficiente, mas devido a uma catástrofe interferente. Aquilo que Deus projetou (o homem) para ser neutralizador de Satanás se tornou seu cativo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Comentário Bíblico Beacon do Novo Testamento.