O homem interior consiste no espírito e na alma.
Efésios 3: 16 [ACF]
“Para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais corroborados com poder pelo seu Espírito no homem interior”.
Estamos entrando num trimestre de estudos bíblicos que vai requerer dos ‘mestres’ das escolas bíblicas muita dedicação e estudo sistemático da Bíblia Sagrada. Então, para isso, tenham sempre às mãos livros de escritores ou comentaristas da Bíblia que estejam coadunados com a teologia que ensinamos. Tenham muito cuidado ao consultarem, na internet, sobre assuntos que, na sua interpretação, são divergentes e distantes daquilo que a Bíblia está realmente dizendo. Não me sinto, por ser adepto da teologia de Armínio, o dono da verdade (no que diz respeito ao assunto em questão), mas, em relação a outros teólogos, a teologia dele é a que está mais próxima daquilo que a Bíblia ensina. Devemos estar preparados para elucidar duvidas e não criar mais confusão na mente dos crentes.
Em nosso caso (assembleianos pentecostais), a corrente teológica que faz oposição ao que nós cremos é a de João Calvino. As contradições que há nas teologias acerca da quantidade de partes que homem tem (bi-partido, tri-partido ou, dicotômico, tricotômico) devem estar plenamente compreendidas, a fim de que a salvação efetuada por Deus por meio do sacrifício de Jesus Cristo pela ação do Espírito Santo na vida do homem nos proporciona benefícios e responsabilidades. Poderíamos extrair da Bíblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, inúmeros textos que comprovam isso, no Entanto, quero citar um bem conhecido e simples de compreender – “Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus… Necessário vos é nascer de novo.”
Na passagem bíblica do diálogo entre Jesus e Nicodemos está ‘explicitamente’ declarado por Jesus que o ‘nascer de novo’ dependia exclusivamente de uma decisão pessoal de Nicodemos. Porque a questão toda neste processo não é apenas o de nascer de novo, porque antes de nascer de novo é imprescindível que se morra primeiro. O ‘nascer de novo’ não é uma obra realizada pelo homem, mas a decisão de querer morrer para que isso aconteça parte dele. Deus não fará que alguém nasça de novo sem que antes tenha morrido.
Sobre a depravação total do homem, Armínio escreveu – “Em seu estado pecaminoso e caído, o homem não é capaz de e por si mesmo, quer seja pensar, querer ou fazer o que é, de fato, bom; mas é necessário que seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições ou vontade e em todas as suas atribuições, por Deus em Cristo através do Espírito Santo, para que seja capaz de corretamente compreender, estimar, considerar, desejar e realizar o que quer que seja verdadeiramente bom.” Esta declaração de Armínio em nada difere da doutrina calvinista. Segundo esta doutrina, o homem não regenerado é absolutamente escravo do pecado. Em virtude disto, ele é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente para salvar-se.
Assim, no que diz respeito à salvação, este homem depende (aqui começa toda a divergência teológica, porque depender não exclui a possibilidade de cooperação) da obra de Deus, que deve vivificá-lo a fim de que este possa ser salvo.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– As Obras de Armínio, vol.II Jacob Armínio.
