O culto é um sacrifício pessoal.
I Crônicas 21: 23-24 [ACF]
“Então disse Ornã a Davi: Toma-o para ti, e faça o rei meu senhor dele o que parecer bem aos seus olhos; eis que dou os bois para holocaustos, e os trilhos para lenha, e o trigo para oferta de alimentos; tudo dou. E disse o rei Davi a Ornã: Não, antes, pelo seu valor, a quero comprar; porque não tomarei o que é teu, para o Senhor, para que não ofereça holocausto sem custo.”
Na esfera religiosa, cultuar é uma atitude de devoção reverente, serviço ou honra prestada a Deus, quer pública quer individual. O edifício da igreja é um lugar de adoração e as formas de serviço divino, adotado por vários grupos ou congregações cristãs, são formas de adoração. O verbo ‘adorar’ pode ser usado tanto como transitivo, adorar a Deus, quanto como intransitivo, adorar, assistir ou participar em adoração. Obviamente que não devemos nos comportar apenas como mero ‘espectador’ nos cultos, pois, ainda que estejamos adorando coletivamente na igreja, o Senhor quer receber a adoração individualmente, ou seja, cada crente adorando ao Senhor de maneira voluntária e dedicada.
Há, pelo menos, cinco termos no hebraico do Antigo Testamento que se aplicam ao ato de adoração. Um estudo destes termos associados com adoração mostra que, enquanto certos conceitos, como o ato de dobrar os joelhos ou reverência, estão relacionados ao aspecto humano, as raízes de adoração bíblica devem ser encontradas, não nas emoções humanas, mas na relação divinamente estabelecida entre Deus e o adorador. O verdadeiro adorado sabe que a origem da adoração não está nas emoções como medo ou temor, pois ele está consciente de que a adoração não é um ato subjetivo, que surge de dentro do próprio homem.
A Bíblia nos mostra que o princípio da adoração está focado naquEle que é adorado e não no adorador. Também nos mostra que o objeto da adoração não é algo indefinido; não é o mistério por trás do universo; não é o próprio universo. Não é um fator desconhecido. Não é a potencialidade própria do homem. O objeto de adoração não é uma projeção do homem. É Deus.
Deus é auto-declarado na Bíblia como o Deus vivo, que é de eternidade a eternidade, criou o mundo, criou o homem à sua própria imagem e se relaciona com o homem. Em todos os procedimentos entre Deus e o homem, a iniciativa está em Deus. Ele é o sujeito como também o objeto. Ele declara ao homem o que fazer e o que não fazer. Ele controla o destino do homem. Ele julga as faltas do homem e o salva dos seus pecados. E Deus, este Deus, cuja pessoa e atos são o tema e o princípio formativo da adoração genuína.
A adoração, por sua própria natureza, é confissão e serviço. As formas de adoração não podem ser substitutas pela essência interior da fé e da obediência. Isto é, as ofertas e festas não têm nenhum valor sem um coração penitente, fiel e obediente. Onde há um coração penitente, fiel e obediente, é certo que também deve haver festa e sacrifício.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 1
Glória a Deus!
Davi demonstra um respeito profundo e um senso de valor pelo ato de adorar e sacrificar a Deus.
Ele entende que não pode oferecer “sem custo” algo que representa sacrifício e adoração a Deus. A oferta deve ser voluntária e valiosa, refletindo a própria grandeza do Senhor.
Esse gesto de Davi reforça a importância de dar ao Senhor o nosso melhor, não algo que nos custa pouco ou nada.