Nem todo o dinheiro do mundo resgata uma alma.
Salmos 49: 7-8 [KJA]
“Ninguém é capaz de redimir seu próprio irmão, ou pagar a Deus o valor de sua vida, porquanto o resgate de uma vida (alma) não tem preço. Não há pagamento que o livre.”
Os filhos de Corá, neste Salmo (49), chama a atenção dos leitores para a futilidade dos prazeres do mundo – a riqueza, o orgulho e a fama. Não porque Deus proíbe que seus ‘filhos’ sejam ricos ou que sejam alguém de renome, mas no contexto de se depositar nestas condições a confiança. Comparável, na forma, ao livro de Eclesiastes, este salmo é um dos poucos cuja principal finalidade é instruir, e não apenas louvar ao Senhor. E, a instrução, aqui, é a de que independente do que temos ou do que alcancemos neste mundo, não podemos nos esquecer do valor de uma vida.
O Salmo está contextualizado com a cultura e história do mundo antigo, tempo em que havia mercado de escravos. Para ser libertado, um escravo tinha de ser redimido, ou seja, comprado por alguém. Éramos escravos do pecado, e o autor da carta aos Hebreus escreveu que – “… Cristo chegou como Sumo Sacerdote dos benefícios que estavam por vir, Ele mesmo adentrou o maior e mais perfeito Tabernáculo, não construído por mãos humanas, isto é, não pertencente a esta criação. Não por intermédio de sangue de bodes e novilhos, porém mediante seu próprio sangue, Ele entrou no Santo dos Santos, de uma vez por todas, conquistando a eterna redenção.” Aprendemos, com o texto bíblico, que Jesus pagou o preço para que pudéssemos ser libertados da escravidão do pecado, e tivéssemos uma nova vida com e para Ele.
O contexto deste salmo é uma evidência de que, embora nesta vida o rico e o pobre possam ter uma enorme diferença sócio-cultural, porém, ainda assim, eles têm algo em comum. Quando morrem, ambos deixam tudo o que possuem aqui na terra. Veem-se novamente de mãos vazias diante de Deus. Se tivessem uma outra oportunidade de vida, desejariam ter investido menos na terra de onde partiram, e mais no céu, onde há uma herança incorruptível. Mas, para ter um tesouro no céu, devemos colocar a nossa fé em Deus. Devemos nos comprometer a obedecê-lo e utilizar os nossos recursos para o bem do seu Reino. Esta é uma boa oportunidade para checar os nossos investimentos e verificar em que estamos aplicando mais. Então, façamos todo o possível para investir no que é realmente importante.
Não há como comprar de Deus a vida eterna. Somente Ele pode redimir uma alma do inferno. Não podemos confiar que a riqueza e o conforto material nos manterão felizes, porque nunca teremos riqueza suficiente para isso e, nem para impedir nossa morte. Nossa confiança deve estar na convicção de que, como filhos de Deus, nossa morte (se fora antes do arrebatamento) será apenas física, não espiritual.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
