Moisés, embora muito manso, teve momentos de ira.
Números 12: 3, 16: 15 [KJA]
“Ora, Moisés era um homem muito paciente e o mais humilde dos homens de sua época.”
“Então Moisés ficou extremamente irado e rogou ao SENHOR: Não aceites a oblação, a oferta dessas pessoas. Jamais fiz mal a qualquer um deles, nem mesmo tirei deles um jumentinho sequer!”
Para alguns filósofos ‘ser manso’ ou humilde era um vicio de deficiência de caráter. Na ética filosófica existe uma relação de doze virtudes principais e, para cada uma das quais corresponde um vício de deficiência e um vício de excesso. Neste caso, sobre ser manso ou humilde, a magnanimidade aparece como a virtude; a humildade, ou mansidão, é o vício de deficiência; e a vaidade é o vício de excesso. Conta-se que certo general romano que ficou envergonhado de si mesmo porque, um dia, ao ver um escravo sendo maltratado, sentiu compaixão dele. A arrogância pagã continua predominando no coração humano.
Naturalmente, a mansidão não envolve a autodepreciação, conforme é do hábito de certos indivíduos, que pretendem imitar essa qualidade. Usualmente, esse fingimento não passa de um ato teatral, para chamar a atenção dos homens e o seu louvor. A mansidão é resultante da verdadeira humildade, por causa do reconhecimento do valor alheio, com a recusa de nos considerarmos superiores. Deus é a grande fonte dessa graça, e Jesus Cristo é o seu supremo exemplo, o que ele demonstrou em sua encarnação e em sua maneira de tratar os homens.
O termo hebraico que foi ‘traduzido’ como manso/humilde denota a ideia de alguém que está se encurvando (submetendo-se) a outro. Não pelo fato de que outro seja superior, mas porque o manso/humilde o considera. Dentro deste contexto (legítimo significado do termo), algumas pessoas associam o comportamento do manso com o do covarde, porém, essa qualidade é um dos aspectos do fruto que o Espírito Santo cultiva em um homem – “Entretanto, o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas virtudes não há Lei.” Isso significa que tal virtude é considerada uma das grandes qualidades espirituais, algo a ser desejado e buscado pelos crentes.
No capítulo dois da carta que Paulo escreveu aos filipenses, essa qualidade da humildade é associada à mente de Cristo. Se Jesus Cristo tivesse sido arrogante, de disposição contrária à humildade e à mansidão, nunca teria sido bem-sucedido em sua missão encarnada. No entanto, foi através dessa qualidade que o Filho de Deus distinguiu-se. Os mansos da terra são especialmente abençoados com a proteção divina e com ricas recompensas. Moisés era homem manso; Conforme disse Davi, os mansos haverão de possuir a terra – “Os humildes herdarão a terra e se deleitarão na plenitude da paz”, dando a entender a Terra Santa, e o Senhor Jesus ampliou isso a fim de envolver a terra inteira. Paulo exortava a outros com mansidão e gentileza, atribuindo essas virtudes a Cristo. Paulo exortou aos crentes para que cumprissem sua missão e chamamento em humildade e mansidão.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal.
– Bíblia de Estudo King James Atualizada.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5
