Não ambicionar coisas altas, mas contentar-se com as humildes.
Romanos 12:16
“Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos.”
Nesta seção da carta escrita aos crentes de Roma, Paulo se dirige especificamente a igreja, onde o amor ágape deve predominar no seio da comunidade, pois, como filhos de Deus, agora, este é o sentimento que deve nos unir em razão de ter sido ele demonstrado na cruz do Calvário. Todavia, o amor ágape, não pode ser cultivado por nós mesmos, ele é derramado pelo Espírito Santo, em nosso coração, como consequência da resposta que demos ao convite feito na cruz. O amor ágape deve permear, moldar e dominar todos os nossos relacionamentos. Mesmo que não alcancemos o nível sublime deste sentimento, não podemos deixar de busca-lo.
Para caracterizar a igreja, que agora é a grande família constituída por Jesus, Paulo insiste que nenhum outro sentimento, que não seja o amor ágape, pode servir de elo nesta união indissolúvel. Porém, não basta dizer que ama, esse amor deve ser manifestado de forma espontânea. Temos que ir da teoria a prática, cultivando diariamente entre nós, os frutos decorrentes do processo de renovação espiritual.
Nesta seção da carta, que começa no versículo nove, Paulo descreve algumas virtudes cuja raiz é o amor ágape – sinceridade, afeição, honra, zelo, paciência, comunhão, hospitalidade, boa vontade, simpatia, harmonia e humildade. Sendo o amor genuíno, os crentes, entre si, devotarão o amor fraternal sem fingimento; servirão uns aos outros como que servindo ao Senhor; e, suportar-se-ão em aflições e estarão constantemente em oração. Sendo o amor genuíno, não haverá necessitados sem que sejam socorridos; não haverá no seio da igreja, crente aborrecido com o sucesso do outro; não haverá crente buscando o próprio interesse, antes, tudo o que ele alcançar é para o bem comum da comunidade dos santos. E, por fim, chegamos ao versículo desta manhã, sendo o amor genuíno, os crentes viverão em harmonia entre si, não permitindo que, entre eles, haja espaço para a soberba ou orgulho próprio.
Nossos atos devem ser coerentes com esse amor genuíno. Devemos tratar a todos de uma mesma maneira, dedicando o mesmo amor, demonstrando que estamos unidos pelo mesmo sentimento, pensamento e fé, independente do nível sociocultural dos irmãos. Assim, tornaremos a igreja onde congregamos, num lugar de comunhão e reciprocidade, isto é, um lugar onde todos os objetivos são comuns a todos – abençoando-se e edificando-se reciprocamente.
O tipo de relacionamento que temos com nossos irmãos, revela o tipo de relacionamento que temos com Deus, isto é, só podemos compartilhar com os irmãos aquilo que recebemos do Pai Celeste.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Os Novos relacionamentos do Cristão – Franklin Ferreira
– Comentário Bíblico Moody