Os seguidores de Cristo foram chamados para serem santos em toda a esfera da vida
I Pedro 1: 15
“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a vossa maneira de viver”
Um dos graves problemas que a igreja sempre enfrentou foi a de ter membros demasiadamente “santos” dentro da igreja, sendo exageradamente justos com o que é concernente a religiosidade e costumes, mas que, como cidadãos deste mundo são os piores exemplos. A situação agrava ainda mais quando esses crentes estão administrando o rebanho, são partidários do “faça o que falo, mas não o que faço”. Já escrevi que Deus não chama ninguém para ser frequentador de igreja, mas para ser a igreja e, a igreja de Cristo é incorruptível, imaculável e fiel.
Uma boa definição do termo “santo”, escreveu J. I. Parcker – “ O termo santo, tanto no hebraico, como no grego, significa separado, consagrado e recriado para Deus. Quando aplicada às pessoas, como os “santos de Deus” ou “santos”, a palavra implica em devoção e assimilação: devoção, no sentido de viver uma vida de serviço para Deus; assimilação, no sentido de imitar, conformar-se a e tornar-se como o Deus a quem se serve. Como cristãos, a implicação é que precisamos assumir a lei moral de Deus como nossa regra e o Filho encarnado de Deus como o nosso modelo.”
John Charles Ryle, em seu livro “Santidade”, descreve santidade como o hábito do crente ser de uma mente só com Deus, de acordo com o que as Escrituras descrevem como sendo a mente dEle. É o hábito de concordar com Seu julgamento, odiando as coisas que Ele odeia, amando o que Ele ama e comparando tudo neste mundo com o padrão de Sua Palavra. O homem santo se esforçará para evitar cada pecado conhecido, e guardar cada mandamento revelado. O desejo do seu coração será o de fazer a vontade do Pai. Ele temerá muito mais a desaprovação divina do que a do mundo.
A.W. Pink, escreveu que, “se o novo crente realmente utiliza as Escrituras Sagradas, de uma maneira prática, para regular seus pensamentos, seus desejos e suas ações, por intermédio das advertências e dos conselhos, das proibições e dos preceitos das Escrituras, isso determinará a medida em que ele desfrutará da bênção de Deus em sua vida. Deus, o Governador do mundo, observa nossa conduta e, mais cedo ou mais tarde, manifesta seu desprazer contra os nossos pecados, bem como sua aprovação sobre um andar de retidão, concedendo a medida de realização que contribui para o nosso bem e para a glória dEle mesmo. Em guardar os mandamentos de Deus, há grande recompensa (Sl 19:11), nesta vida (I Tm 4:8). Oh! quantas bênçãos temporais e espirituais muitos crentes perdem, por causa de uma conduta negligente e desobediente!
Joel Beeke, escrevendo sobre “O gozo da santidade cultivado”, diz que aqueles que são obedientes – que procuram fazer da santidade um modo de vida – experimentarão o gozo que flui da comunhão com Deus: gozo permanente, antecipado e supremo. Permanente, por que é contínuo, seguro e constante. A verdadeira santidade obedece a Deus e a obediência sempre confia em Deus. Antecipado, por que já experimentamos a recompensa graciosa e eterna nesta vida, e, por fim, é um gozo supremo pois nada é maior e melhor do que a comunhão com Deus.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Fonte: Santidade Prática – A.W.Pink
Definindo Santidade – J.I.Parcker
O Gozo da Santidade cultivado – Joel Beeke
Santidade – Jonh Charles Ryle