Foi Deus quem deu a vida e, portanto, a vida pertence a Ele.
Salmo 100: 3
“Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele, e não nós, que nos fez povo seu e ovelhas do seu pasto.”
Tenho lido muitos comentários acerca do tema desta semana e a grande maioria (quase todos) expressam uma linha de raciocínio calvinista, mesmo de pessoas que não são calvinistas. O tema desta semana é a respeito do suicídio, e, não encontramos na Bíblia nenhuma referência acerca do destino dos que cometem este ato. Deus se cala sobre este assunto, ou seja, não revelou a nós, nada, absolutamente nada, que pudéssemos ao menos deduzir sobre o destino eterno do suicida, sendo assim, não é conveniente emitirmos alguma opinião de um assunto que não conhecemos.
Atentar contra a própria vida é tão grave ofensa a Deus quanto atentar contra a vida do próximo. O “Não matarás”, não exclui o suicida da obrigação de cumpri-lo e, o “Amar ao próximo como a ti mesmo” está muito além de apenas tapinhas nas costas. O comportamento, os pensamentos e as intenções do suicida não podem ser ignorados, seja em família ou no ajuntamento dos santos, devemos estar atentos aos desvios de comportamento das pessoas mais próximas de nós. O suicídio não se dá da noite para o dia, é um processo que na maioria das vezes é longo, com isso, a pessoa com pensamentos suicida, dá todos os sinais de suas intenções.
Segundo estatísticas, cerca de 1 milhão de pessoas se suicidam todos os anos. Os motivos são os mais variados, mas os mais comuns são o desencanto pela vida, não conseguir mais achar motivação para viver, o desespero por problemas que parecem não solucionáveis, não achar um sentido para sua existência, sofrimentos dolorosos de muitos tipos, problemas financeiros, familiares, uso descontrolado de medicamentos, enfim, justificativa é o que não falta, mas como pode alguém querer agir como um deus?
A vida é um dom de Deus, por isso, Ele, exclusivamente Ele, tem a prerrogativa de dá-la no momento em que Lhe aprouver e tirá-la quando Lhe convier. Somente em Deus está o poder de fazer com que um óvulo fecundado não chegue a se desenvolver num ser adulto, bem como fazer com que um homem viva mais de cem anos. A nenhuma de suas criaturas, Deus concedeu o direito de interromper o processo da vida humana.
Alguns querem justificar seus atos com fundamentos bíblicos e citam, por falta de conhecimento, alguns personagens que quiseram morrer e outros que efetivaram seus desejos suicidas, mas, com exceção do rei Saul, o seu escudeiro, Aitofel e Judas Iscariotes, nenhuma outra situação narrada na Bíblia sobre o desejo de querer morrer tem características suicida.
Não entendam que com esse texto eu esteja desclassificando o suicídio como pecado, muito pelo contrário, ele é um pecado. Eu somente quis levar ao entendimento de quem lê que não podemos definir o destino eterno do suicida. ISSO É DA ECONOMIA DE DEUS. Não é da nossa competência absolver ou condenar as pessoas.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Sim