Somente o sangue de Jesus purifica e redime.
Hebreus 9: 16-26
“Porque, onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador. Porque um testamento tem força onde houve morte; ou terá ele algum valor enquanto o testador vive? Pelo que também o primeiro não foi consagrado sem sangue… … Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”
Totalmente ao contrário do que alguns imaginam, a morte de Jesus não foi um acidente de percurso nos planos de Deus. A cruz não foi um incidente. Aliás, a expressão “foi morto” não se encaixa muito bem com o que de fato aconteceu, pois, tal expressão quando pronunciada tem uma conotação de imposição e, não foi bem isso que aconteceu. Jesus não morreu e, muito menos, foi morto, antes, Jesus se deu em sacrifício pela humanidade. Desta forma, a expressão que melhor se aplica a esse gesto é: Jesus se deu para morrer.
Mas por que a morte de Cristo foi necessária? Não havia outro meio de resolver o problema do pecado? Bom, dentro do que o próprio Deus estabeleceu como obra redentora, como o único meio de tratar com o pecado, a morte de Jesus, como sacrifício perfeito em favor da humanidade, foi promulgada ainda na esfera da eternidade. Nada tinha sido criado e o sacrifício de Jesus já estava determinado. Aqui cabe um exame minucioso da doutrina de Deus, pois, mesmo sendo três pessoas distintas – Pai, Filho e Espírito Santo – com atributos peculiares e inerentes a cada uma delas, todavia, não há entre elas decisões ou atitudes isoladas, tudo o que fazem é feito de forma unanime, isto é, nem o Pai, nem o Filho e nem o Espírito Santo agem de por si mesmos, tudo aquilo que realizam está na mais perfeita harmonia.
A expressão “Trindade” ou “Triunidade” não é uma expressão bíblica, nem usamos linguagem bíblica quando definimos o que ela expressa como sendo a doutrina de que há um só Deus verdadeiro, mas que na unidade da Divindade existem três Pessoas co-eternas e co-iguais, iguais em substância, mas distintas em subsistência. Uma doutrina assim definida só pode ser considerada como doutrina bíblica, desde que aceitemos que o sentido da Escritura é também Escritura. Na verdade, a doutrina da Trindade é, simplesmente, uma doutrina revelada. Isto é, incorpora uma verdade que nunca foi descoberta pelo raciocínio humano e que não pode ser descoberta, desta forma. Por muito que busque, o homem nunca foi capaz de esquadrinhar, de por si mesmo, as cosias profundas de Deus. Por isso, o raciocínio lógico nunca atingiu uma concepção trinitariana de Deus.
Diante disto, o sacrifício de Jesus não foi uma imposição do Pai contra a vontade do Filho, mas foi uma sugestão acatada. Tanto o Pai como o Filho tinha total conhecimento desta necessidade, bem como, que outra obra seria insuficiente e ineficaz para cumprir as exigências da remissão – “E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão”.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– A Doutrina Bíblica da Trindade – Benjamin Breckinridge Warfield