Quando se faz um concerto ético com Deus.
Jó 31: 1
“Fiz concerto com os meus olhos; como, pois, os fixaria numa virgem?”
No capítulo 31 está registrada a última defesa que Jó faz de si mesmo, após essa defesa, seguirá o discurso de Eliú; as repreensões do Senhor e a inversão da calamidade de Jó. Neste último discurso, Jó declara que sua única esperança era ser ouvido por Deus e, que o Senhor inclinasse os ouvidos ao seu clamor e que a tempo, justificasse seu nome. Na verdade, Jó não descansaria em paz, se a humilhação que recebera dos seus amigos não fosse revertida. Jó só aceitaria a morte, ou descansaria em paz se soubesse que seus “inimigos” haviam sido calados e sua reputação havia sido restaurada.
Na sua ultima defesa, Jó começa a dizer que tinha refletido sobre a sua glória no passado. Jó, também, diz que tinha reavaliado inteiramente a sua desgraça presente e, a conclusão a que ele chegou é de que tinha toda razão para insistir na sua condição de íntegro e reto – estão intactos.
Imediatamente no primeiro versículo, Jó começa falar de pecados que com extrema facilidade conduzem muitas pessoas ao pecado – a lascívia. A lascívia é o primeiro passo para o pecado, e o pecado é o primeiro passo para a morte – “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”. Não podemos confundira as coisas, pois, uma coisa é ver, admirar e elogiar uma pessoa bonita e outra bem diferente é olhar para alguém com um coração lascivo. Jesus afirmou categoricamente: “Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela“.
Embora, não podermos afirmar com toda convicção que o pecado do coração não seja tão destrutivo quanto o pecado que é colocado em prática, ainda assim é o primeiro passo para o ato em si, e nunca se sabe aonde uma imaginação poluída pode levar, em vista disto, lembremos sempre do que Tiago escreveu – “Havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”. Além disso, Deus vê tanto nossas ações quanto “os pensamentos e propósitos do coração” – “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” e julgará um e também o outro. Como não sabemos qual o tipo de punição para os que “apenas pensam” no pecado, a orientação é que até os pensamentos sejam reprovados.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Jó, Séries Heróis da Fé – Charles Swindol
– Comentário Bíblico Expositivo do Velho Testamento – Warren W.Wiersbe