A nefasta consequência do pecado.
Romanos 5:12; Gênesis 3:23
“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram”.
“O Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra, de que fora tomado”.
Concluir que, por causa da graça de Deus, podemos viver sem nenhuma preocupação com a nossa conduta diante de Deus é uma falácia. A graça de Deus não é um aval para a permanência em um comportamento pecaminoso, mas, pelo contrário, quando passamos a compreender o que, de fato, significa a graça de Deus, entendemos mais um pouco sobre o amor com que Deus nos ama. A pura e simples razão humana é impossível de compreender a razão pela qual um Ser tão sublime como o Senhor queira ter por perto seres ‘detestáveis’ como nós. Somente quando o Espírito Santo passa a habitar em nós, é que podemos entender que é o amor de Deus, tão somente ele, que nos leva a ser alcançados por Sua graça.
Para entendermos melhor o que a banalização de graça produz ao homem, precisamos compreender com mais exatidão o que o pecado faz. Pecado no grego é ‘amartia’, esse termo é derivado de uma raiz que indica “errar o alvo”, “fracassar”. Porém, não se refere apenas em não atingir um padrão conhecido, mas antes, desviando-se do mesmo. Isto é, o pecar não está no simples fato de não atingir o padrão que Deus exige do homem, mas, o desviar daquilo que nos é exigido. E, nesse sentido, quando banalizamos a graça de Deus, consequentemente, nos desviamos de Suas exigências.
O pecado, fortalecido pela lei, transformou-se em um tirano universal; prometia benefícios, mas dava aos homens a morte física e a espiritual. A morte é merecida – “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor”. O pecado se tornou um tirano a ponto que os homens sejam enganados e cheguem mesmo a gostar daquilo que praticam. O ‘tirano’ os submeteu a uma sujeição tão intensa que eles, mesmo quando reconhecem que estão praticando o que é errado, e mesmo quando podem antecipar seus resultados, não podem controlar-se. Esse tirano domina o corpo inteiro (o que explica as ações da alma) e reduz os homens a totais escravos.
O pecado obriga os homens a fazerem coisas irracionais e absurdas, mas os homens não têm força de vontade contra isso. Alguém disse certa vez: “Senhor, temos conhecimento; o que não temos é força de vontade”. Isso significa que aquilo que os homens se recusam a fazer habitualmente torna-se para eles uma impossibilidade moral, ou seja, a prática habitual do pecado extrai de nossas consciências o senso da pecaminosidade do pecado.
O pecado é um processo em vertiginosa ascenção na vida do homem. ele promove os pensamentos em hábitos; eleva os hábitos a se determinarem nosso caráter; e, por fim, o nosso caráter determinará o nosso destino.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Bíblia de Estudo Pentecostal.
– Enciclopédia de Champlin, vol. 5