"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

Para ele, quem fosse para o madeiro “não podia ser o Messias”.

Deuteronômio 21: 22-23
 “Quando também em alguém houver pecado, digno do juízo de morte, e haja de morrer, e o pendurares num madeiro, o seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia, porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim, não contaminarás a tua terra, que o Senhor, teu Deus, te dá em herança”.

Quando a Bíblia faz questão de apontar as “qualidades” religiosas de Saulo de Tarso e de afirmar o quanto ele era observador criterioso de todos os requisitos, isso não é feito com o único objetivo de revelar o quanto ele tinha fé (ainda que cria nas coisas erradas, mas cria), mas também, o de evidenciar o quanto ele conhecia a Lei. Saulo era um profundo conhecedor da Torá e, assim, como muitos cristãos nos dias de hoje, que fazem questão de observar literalmente tudo quanto está escrito na Bíblia Sagrada, ele aprendeu e entendia que o que “vale é o que está escrito”.

Paulo tinha sido ensinado pela Lei, que qualquer que fosse colocado no madeiro, era maldito. E, não foram os rabinos que escreveram isso, mas estava declarado na Sagrada Escritura, e, desta forma, como Saulo cria e como nós cremos, foi o próprio Senhor quem declarou isso. Ora! Se é assim, então aquele sobre quem os cristãos daquele tempo estavam pregando não podia ser o Cristo. Cristo – o Ungido de Deus, sendo anunciado profeticamente como o Messias – o Enviado de Deus, para a salvação dos judeus, sobre hipótese alguma poderia ter vivido uma situação daquela. De acordo com o entendimento de Saulo de Tarso, o que os cristãos estavam divulgando, acerca daquele Homem, era uma heresia, além de ser uma blasfêmia contra o Deus de Israel – O Filho de Deus pendurado num madeiro? O Filho de Deus, visto por todos os israelitas como um maldito? Isso é inconcebível.

E, na realidade, muitos são os “Saulos de Tarso” que estão por esse mundo, não apenas no aspecto de perseguidor, acrescenta-se a isso, o nível cultural e religioso que, sem a menor sombra de duvida, está acima da média da maioria dos crentes. O que estamos querendo dizer é que existem muitos “Saulos” por aí que conhece a Bíblia muito mais que muitos crentes. São pessoas que, por terem um vasto conhecimento bíblico (ainda que seja um conhecimento apenas na esfera cultural), tornam-se mais difíceis em aceitar aquilo que se opõe ao seu conhecimento. Todos nós (crentes) sabemos que é muito mais fácil evangelizar alguém que nunca tenha ouvido falar do evangelho do que alguém que já tenha experimentado, ainda que parcialmente, a comunhão com Cristo.

Lembro-me de uma experiência. Algum tempo atrás fomos convidados por uma irmã a evangelizar seu esposo e, segundo ela, seu marido era um homem que já tinha passado por uma experiência com Jesus, mas, que naquele momento, ele odiava crente e igreja. Quando nos deparamos um com outro, estas foram as primeiras palavras que ele pronunciou (detesto crente e igreja) e, o Espírito Santo me conduzindo naquele momento, pôs as palavras certas em minha boca. Sua mente e coração estavam tão cauterizados com as amargas experiências que viveu por onde andou que, embora, não tendo aceitado o evangelho, mas, no fim, tornou-se um grande amigo meu.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

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