"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

Jó rejeita a eutanásia e decide passar pelo sofrimento.

Jó 2: 9-10
Então, sua mulher lhe disse: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus e morre. Mas ele lhe disse: Como fala qualquer doida, assim falas tu; receberemos o bem de Deus e não receberíamos o mal? Em tudo isto não pecou Jó com os seus lábios.”

As pessoas com doença crônica e, portanto, incurável, ou em estado terminal, têm naturalmente momentos de desespero, momentos de um sofrimento físico e psíquico muito intenso, mas também há momentos em que vivem a alegria e a felicidade. Estas pessoas lutam dia após dia para viverem um só segundo mais. Nem sempre um ser humano com uma determinada patologia quer morrer. Muitas vezes acontece o contrário, tentam lutar contra a morte, tais pessoas não defendem uma política do tudo ou nada. Aceitam ficar diminuídos desde que sobrevivam, e aceitam sobreviver mesmo que sintam que a doença os levará um dia.

Da perspectiva da ética médica, tendo em conta o juramento de Hipócrates, segundo o qual considera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, a eutanásia é considerada homicídio. Cabe assim ao médico, cumprindo o juramento hipocrático, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência. Muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um ato exclusivo reservado ao Senhor, ou seja, só Deus pode tirar a vida de alguém.

Quando alguém, no seu perfeito estado de consciência deseja, ardentemente, que sua morte seja antecipada, a isso não existe outra definição que não seja autodestruição. A diferença entre a eutanásia e autodestruição está no fato de que neste a pessoa, às vezes, é impossibilitada de executar suas intenções e, naquele ela será assistida por um profissional da medicina.

Poderíamos definir a eutanásia como um suicídio? De uma forma indireta sim. Embora, sempre haverá os que dirão que não é um suicídio, porque justificarão o ato com o argumento de que a vida da pessoa já estava condenada a morte, mas como eu disse, a eutanásia é uma forma de suicídio indireto (estamos falando de pessoas que, embora com doença terminal, ainda estão exercendo suas faculdades mentais), pois, neste caso, o que se espera e livrar a pessoa do seu sofrimento, mesmo porque, só lhe restam alguns dias, ou meses, de vida. E, como já disse, eu volto a repetir, Deus não concedeu a homem nenhum a prerrogativa de tirar a vida de outro homem e muito menos a sua própria vida, sendo assim, tanto o suicídio direto como o indireto são errados e afrontam a Deus.

A resposta de Jó a sua mulher foi acerca da proposta derrotista que ela fez. Não vou entrar no mérito do que ela disse sobre amaldiçoar Deus, isso é tema para outro assunto. Então, quando ele disse que ela estava falando como uma doida qualquer, se referia ao fato dela propor a antecipação de sua morte. A reposta a isso, Jó fala da seguinte maneira: “Porque há esperança para a árvore que, se for cortada, ainda se renovará, e não cessarão os seus renovos. Se envelhecer na terra a sua raiz, e o seu tronco morrer no pó, Ao cheiro das águas brotará, e dará ramos como uma planta.”

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Fonte: Legitima defesa – Karl Barth
Wikipédia

 

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Erivelton Figueiredo

Cristão Evangélico; Obreiro do Senhor Jesus Cristo, pela misericórdia de Deus; Professor da EBD; Capelão; Estudante persistente da Palavra de Deus; Membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus - Min. Boas Novas em Guarapari-ES. Casado com a Inês; pai do Hugo, do Lucas e da Milena.

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