Pedro repete o que disse Tiago, mas acrescenta uma promessa.
I Pedro 5: 5-7
“Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Humilhai-vos, pois, debaixo da potente mão de Deus,para que, a seu tempo, vos exalte, lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.”
Uma das grandes dificuldades que enfrentamos como servos de Deus, é a interpretação da Sua Palavra. A Bíblia, como a Palavra de Deus, não está escrita em enigmas que exigem de quem a lê elucidações, nós, é que, no afã de nos desvencilhar das dificuldades, tribulações, aflições e problemas das mais diversas ordens, a interpretamos de uma forma que nos é conveniente. Lemos e entendemos a Bíblia da maneira que melhor se adapte ao nosso estilo de vida, enquanto que deve ser, completamente, ao contrário – nós é quem devemos nos adaptar ao que está escrito.
Ser humilde não é, como tem sido interpretado por algumas pessoas ao longo do tempo, um conceito que se pode associar a fraqueza, submissão incondicional, pobreza e descuido nos tratos pessoais.
Diferente da forma como alguns interpretam, humildade é a virtude que consiste em conhecer as suas próprias limitações e fraquezas e agir de acordo com essa consciência; é ter o conceito equilibrado de si mesmo, sem a intenção de se projetar sobre os outros; e, é aceitar a verdade sem precisar relativiza-la e ter um senso de realidade apurado sem necessitar viver uma vida fantasiosa. A psicologia define humildade assim: “um processo psicológico a partir do qual o indivíduo se relaciona consigo e com os outros de forma realista, mantendo “os pés assentes na terra” e reconhecendo as suas limitações e fragilidades, na medida em que fazem parte da sua verdade e da sua natureza.”
Diante disto, chegamos, então, a uma interpretação bem clara do que Pedro nos escreveu em suas cartas. Não tem como escaparmos da realidade dura e cruel acerca da nossa situação diante de Deus. Mesmo com todas as aptidões, naturais ou especiais, que o Senhor nos concedeu, ao criar-nos, elas não podem ser motivos para qualquer tipo, por mínimo que seja, de orgulho próprio. Não temos nada em nós – nem intelecto, nem vigor físico e nem espiritualidade -, que possa servir de apoio a qualquer sentimento soberbo. Devemos, a todo tempo, estar plenamente conscientes de que tudo que temos e que nos capacita para sermos úteis ao Senhor, provém dEle.
Humilhar debaixo da potente mão de Deus é agir como o republicano agiu. Ainda que recebamos todos os benefícios que o Senhor tem para entregar a seus filhos, isso não seria motivo para orgulho. Tudo que recebemos do Senhor, nos é dado, exclusivamente, pela Sua misericórdia e graça, NÃO HÁ EM NÓS NENHUM MÉRITO.
Nenhuma exaltação terrestre pode ser comparada como a que receberemos naquele grande dia, em que ouviremos da boca do próprio Senhor Jesus Cristo, o cumprimento de boas-vindas, nos dizendo: “Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;”
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– http://www.psicologia.pt