Se confessarmos os nossos pecados, Ele é misericordioso e nos perdoará.
I João 1: 9
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.”
Existe algo que precisa ficar bem esclarecido a respeito dos efeitos da salvação, em Cristo Jesus, na vida dos crentes. A salvação altera somente três condições de nossa vida – de perdido em salvo, de condenado em justificado e de profano em santo, e, tudo isso pode ser sintetizado em – de morto em vivo. A salvação, em si, não altera personalidade e caráter de ninguém. Essa mudança é responsabilidade pessoal de cada salvo e, ela é exigida por Deus a todos os que anseiam entrar nos Céus, por isso, a Palavra de Deus, insistentemente, nos exorta a: revestir-nos, cingir-nos, lavar-nos e santificar-nos, ou seja, somos nós que devemos nos esforçar para alcançar os parâmetros exigidos na Bíblia a todos os salvos. Claro que isso não é possível sem o auxílio do Espírito Santo de Deus, no entanto não é uma obra que Ele realizará sozinho.
Quando fomos criados por Deus, diz a Bíblia que fomos feitos à Sua imagem e Sua semelhança, isso não quer dizer que somos parecidos, no sentido físico, com Ele, mas que Ele implantou em nós Sua personalidade, desta forma, apesar das mais variadas e diferentes aparências físicas do ser humano, todo ser humano tem consciência do padrão de personalidade que deve seguir. Nossa personalidade é construída sobre três pilares: mente, coração e arbítrio – com a mente fabricamos os mais inusitados pensamentos, com o coração damos vazão aos sentimentos e com o arbítrio decidimos livremente sobre nossas ações. É exatamente neste ponto que muitos crentes se perdem, pois não entendem que, apesar do poder de Deus, se há uma coisa que Ele não fará nunca é a de violar o arbítrio do homem. Sendo mais explícito, o que quero dizer é que Deus não vai transformar quem não quer ser transformado.
Diante disto, o que vemos com muita frequência nas igrejas são irmãos (homens e mulheres) que não se falam, são verdadeiros inimigos, mas como a Palavra de Deus manda que devemos nos suportar, estão ali, sob o mesmo teto. O ofendido com uma mágoa no coração se transformando em ódio, a ponto de imaginar-se esganando o outro, e, o ofensor dando uma de “joão sem braço”, pois não viu em sua atitude ou palavra algo que fosse tão ofensivo. Ninguém procura ninguém por que cada um está com a sua razão. É em situações como essa que o verdadeiro crente, aquele que é nascido de novo, que é nova criatura, manifesta a semelhança Divina que foi implantada nele ao ser criado, por que vai agir de acordo com os preceitos bíblicos e não conforme seus sentimentos.
Tem crente que ainda não entendeu como pode um Deus Santo manter a própria justiça e, ainda assim, perdoar os pecadores? A resposta é o sacrifício de Cristo. Em sua santidade, Deus julgou o pecado na cruz. Em seu amor, Deus oferece Jesus Cristo ao mundo como Salvador. Deus foi justo ao castigar o pecado, mas é amoroso ao oferecer o perdão completo por meio daquilo que Cristo fez no Calvário.
Erivelton Figueiredo
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
Referências:
– Comentário Bíblico Expositivo do Novo testamento – W.W.Wiesrbe