"𝓔, 𝓵𝓲𝓫𝓮𝓻𝓽𝓪𝓭𝓸𝓼 𝓭𝓸 𝓹𝓮𝓬𝓪𝓭𝓸, 𝓯𝓸𝓼𝓽𝓮𝓼 𝓯𝓮𝓲𝓽𝓸𝓼 𝓼𝓮𝓻𝓿𝓸𝓼 𝓭𝓪 𝓳𝓾𝓼𝓽𝓲𝓬̧𝓪". 𝓡𝓶 6:18

Devocionais EBD

Fomos eleitos segundo a presciência de Deus.

I Pedro 1: 2
 “Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue de Jesus Cristo: graça e paz vos sejam multiplicadas”.

O assunto abordado desta semana requer daqueles que vão ensinar um profundo conhecimento. Não é prudente que o professor da EBD se coloque diante dos seus alunos sem estar devidamente municiado do conhecimento deste precioso e determinante estudo. Este assunto, se mal ensinado ou se mal compreendido, pode conduzir os que aceitam, pela fé, a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, e se desviarem do Caminho, da Verdade e da Vida. É ponto fundamental para a fé dos salvos, compreender que a “eleição” e a “predestinação”, vistas pela ótica do que ensinam os dois mais proeminentes seguimentos teológicos desde a Reforma, podem “soar” como heresia. Abaixo, transcrevo literalmente o texto do livro TEOLOGIA SISTEMÁTICA de Stanley Horton para nossa apreciação. A compreensão do texto é muito esclarecedora, por isso, não precisa ser acrescida do meu comentário.

Dentro do protestantismo há vários sistemas teológicos. O exame de cada um deles ocuparia mais espaço do que o disponível neste capítulo. Examinaremos, portanto, dois deles que têm se destacado desde a Reforma: o calvinismo e o arminianismo.

O calvinismo deve seu nome e suas origens ao teólogo e reformador francês João Calvino (1509-64). A doutrina central do calvinismo é que Deus é soberano de toda a sua criação. A maneira mais fácil de se entender o calvinismo é conhecer as suas cinco teses centrais:
 (1) A total depravação: a raça humana, como resultado do pecado, está tão decaída que nada podemos fazer para melhorarmos ou para sermos aceitos diante de Deus;
 (2) A eleição incondicional: o Deus soberano, na eternidade passada, elegeu (escolheu) alguns membros da raça humana para serem salvos, independentemente da aceitação de sua oferta, que tem como base sua graça e compaixão;
(3) A expiação limitada: Deus enviou seu Filho para prover a expiação somente para aqueles que Ele elegera;
(4) A graça irresistível: os eleitos não poderão resistir a sua oferta generosa; serão salvos; e
(5) A perseverança dos santos: uma vez salvos, perseverarão até o fim, e receberão a realidade última da salvação: a vida eterna.

O teólogo holandês Jacob Arminius (1560-1609) discordou das doutrinas do calvinismo, argumentando que:
(1) tendem a fazer de Deus o autor do pecado, por ter Ele escolhido, na eternidade passada, quem seria ou não salvo, e
(2) negam o livre-arbítrio do ser humano, por declararem que ninguém pode resistir à graça de Deus. Os ensinos de Arminius foram resumidos nas cinco teses dos Artigos de Protesto (1610):
(1) a predestinação depende da maneira de a pessoa corresponder ao chamado da salvação, e é fundamentada na presciência de Deus;
(2) Cristo morreu em prol de toda e qualquer pessoa, mas somente os que creem são salvos;
(3) a pessoa não tem a capacidade de crer, e precisa da graça de Deus; mas
(4) a graça pode ser resistida;
(5) se todos os regenerados perseverarão é questão que exige mais investigação.

As diferenças entre o calvinismo e o arminianismo ficam, portanto, claras. Segundo os arminianos, Deus sabe de antemão as pessoas que lhe aceitarão a oferta da graça, e são estas que Ele predestina a compartilhar de suas promessas. Noutras palavras, Deus predestina todos os que, de livre e espontânea vontade, lhe aceitam a salvação outorgada em Cristo, e continuam a viver por Ele. A morte expiatória de Jesus foi em favor de todas as pessoas indistintamente. E a expiação será eficaz para todos quantos aceitarem a oferta da salvação gratuita que Deus a todos faz. Essa oferta pode ser recusada. Se corresponderem à aceitação da graça divina, é por causa da iniciativa dessa mesma graça, e não em virtude da vontade humana. A perseverança depende de se viver continuamente a fé cristã, e há a possibilidade de se desviar da fé, embora Deus não deixe que ninguém caia facilmente.

A maioria dos pentecostais tende ao sistema arminiano de teologia tendo em vista a necessidade do indivíduo em aceitar pessoalmente o Evangelho e o Espírito Santo.

Erivelton Figueiredo

Deus te abençoe.
Graça e Paz.

Referências:
– Teologia Sistemática Stanley Horton (pag 25)

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