Devocional lição 03 / 4º Trim 2017, Terça-feira – O nascimento de Jesus e a linhagem de Davi.
Mateus 1: 1-17
“Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão … … … De sorte que todas as gerações, desde Abraão até Davi, são catorze gerações; e, desde Davi até a deportação para a Babilônia, catorze gerações; e, desde a deportação para a Babilônia até Cristo, catorze gerações”
A genealogia de Jesus Cristo, a qual Mateus expõe, teve como objetivo comprovar que Jesus era o “Ungido” prometido por Deus. A promessa dizia que Ele seria descendente de Davi. O livro de Mateus foi escrito aos judeus por cerca de 60 d.C. e apresenta-lhes Jesus como Rei. Mateus enfatiza que Cristo era o Messias que veio para reinar sobre o seu povo (os judeus). Messias é a forma hebraica do nome Cristo que significa Ungido.
O povo de Israel esperava, segundo profecias das Escrituras, a chegada de um rei que os livraria da opressão romana, porém, muitos deles não criam que Jesus pudesse ser esse Rei predito. Por isso, Mateus escreveu seu livro aos seus conterrâneos para provar-lhes que Jesus era, realmente, esse homem.
Diferente dos outros Evangelhos, Mateus tinha a árdua tarefa de falar para um povo o que eles já conheciam a fundo. Os judeus conheciam profundamente as Escrituras Sagradas, eram dedicados estudiosos. Conheciam todas as profecias e sabiam perfeitamente que um “libertador” seria enviado por YHWH, para os libertar do jugo romano. Sabiam que seria um descendente do trono de Davi e que nasceria de uma virgem.
José, mesmo que não fosse o pai biológico de Jesus, era aceito, dentro do costume dos judeus, como sendo o pai legal de Jesus. Mateus partindo deste ponto, prova que, dentro de todas as legalidades exigidas para alguém exigir o trono, Jesus era essa pessoa. Por isso, não bastava apenas contar-lhes a história de Jesus nem dizer-lhes que as profecias falavam sobre Ele, Mateus precisava provar-lhes isso. Então, ele começou seu trabalho, provando-lhes que Jesus era o Filho de Abraão e o Filho de Davi, isto é, que ele era, de fato, descendente destes dois homens.
O que decepcionou os judeus foi a forma como Jesus “reinava” sobre eles. Eles não queriam um rei compassivo, misericordioso, amável e gracioso. O que eles queriam era alguém que estivessem a frente nos campos de batalhas desferindo golpes fatais contra seus inimigos e exterminando todos que se opusessem em seus caminhos. Eles queriam um rei que destronasse os governantes romanos e assumisse o controle de tudo, governando a favor deles. Eles queriam um rei que subjugasse os inimigos colocando-os como escabelo para seus pés, punindo-os severamente e sem compaixão por tudo quanto tinham feito até aquele momento aos judeus.
Opondo-se completamente aos desejos de vingança dos judeus, Jesus, em seus discursos, prega e ensina que o amor supera todas as crises, que o perdão é a arma ideal para vencer qualquer batalha, que nenhuma ofensa é capaz de resistir diante da humildade, enfim, o que Jesus ensinava é que eles deveriam fazer aos outros exatamente aquilo que eles queriam que fosse feito a eles.
A plataforma de governo de Jesus não mudou, o que Ele exigiu dos judeus, é exatamente o mesmo que exige da Igreja hoje. Amar incondicionalmente seu próximo.
Deus te abençoe.
Graça e Paz.
